quinta-feira, 19 de março de 2015

feMIMIMInismo?

hoje, acredito, por eu estar mais presente no "faicisbuks", me mandaram mais uma vez o vídeo ÓTIMO de senhôuras pastôuras falando asneira atrás de asneira pra convencer que a mulher deve ser submissa ao homem e que, se ele é omisso, a culpa é dela.

nada mais natural, não? a ver:
você, mulher, veio da costela do seu homem e, portanto, deve ser grata a ele pela eternidade.

você, mulher, é culpada por não estarem no paraíso, portanto deve se redimir, servindo-o pela eternidade.

você, mulher deve ao seu homem a prole. claramente, deve ser sua a função de educá-los propriamente: "quando papai chegar, como ele é o rei do castelo, comportem-se e deixem-no assistir ao jornal EM PAZ. sem desenhos animados, mesmo os educativos para vocês. não não não! papai chegou e o controle (remoto) deve ser imediatemente passado para suas mãos.

você, mulher, não deve esquecer que, nos dias de hoje, tudo tão bom (o que essas feministas e ateístas chatíssimos falam tanto???), a mulher tem o direito te ter sua carreira, oras! maravilhoso! só precisa tomar um cuidadinho, você, mulher: não ultrapasse seu homem quando for para trazer dinheiro para casa. este papel é dele! não faça uma coisa dessas. só serve para que ele sinta sua masculinidade ameaçada. judiação!

e você, mulher, com sua carreira (feministas e ateístas reclamões!), sua casa, seus filhos, seu casamento, não deve esquecer JAMAIS que o prazer dele deve vir em primeiríssimo lugar: esteja sempre bonita. afinal, se você embarangar, seu homem terá toda razão em sair de casa e procurar outras coisas.

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gente... sério... parem pra pensar. opiniões pessoais são PESSOAIS. nada mais. você pode tentar expor, mas não enfie o que você pensa pela goela de ninguém. crie discussões e, mesmo que acredite piamente em alguma coisa, pare pra pensar se ouvir uma opinião contrária à sua.

e, por favor, POR FAVOR, feminismo NÃO É o oposto ao machismo. é, somente, a ideia "super prafrentex" que as mulheres são gente, ok?


ps1: onde se lê homem e mulher, é no mesmo sentido que estas senhôuras pastôuras usaram, uh? por favor, não me entendam mal. sou contra papéis (ou gêneros) pré-estabelecidos.

ps2: e não. não manderei novamente o link. me recuso a dar mais de um view pra isso.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

pulenta

entre duas tristes idas-e-vindas, que duraram alguns dias eternos, pude ter mais certeza que perco o ar, que pernas bambeiam sem forças e que não quero mais ninguém.

pulentinha. você é a mulher mais maravilhosa que existe. a que me entende, me dá broncas, carinhos, paz e sossego. a minha noiva.

terça-feira, 9 de abril de 2013

... e progresso

se amo o brasil?

amo as paisagens de tirar o fôlego (clichê, eu sei. mas são). amo os animais feiosos que temos aqui que, de tão feiosinhos, são lindos.

e ponto.

não amo o ar que respiramos ou a água que bebemos. péssima qualidade. ou, se de boa qualidade são, afastado é o povo, menos alcanço tem, e menor ainda é sua notoriedade. pena.

não amo o brasil como um todo não. na verdade, acho um país grotesco. verdadeiramente, acredito serem as pessoas os monstros deste país.

como amar pessoas atrasadas, presas em preconceitos engolidos, não digeridos, sem refluxos? como amar pessoas sem a menor vontade política? como amar pessoas que tem medo de aparecer? como amar pessoas que acreditam que se calar, não comentar causos, é a melhor solução para que o outro não receba ibope? como amar pessoas que acreditam que acabar com a liberdade de escolha de outros é garantir moral? como amar pessoas que, sendo quem são, injetam discursos babacas, atrasados, baseados em dogmas, em "verdades", em palavras de alguns, sem ouvir as dos outros? como amar motoristas de carro, ônibus, vans, motocicletas, ciclistas, skatistas, patinadores e pedestres que INSISTEM em não pensar no próximo quando estão nas ruas? como amar quem julga sem conhecer? como amar quem não julga, depois de conhecer? como amar a falta de ajuda, de carinho, de atenção, de noção, de respeito e de educação?

como amar o "jeitinho brasileiro", esta ameaça que nos cerca desde sempre?

também não amo as regras. não me desce aceitar os salários díspares de governantes e catadores de lixo. de governantes e empregadas domésticas. de governantes e professores. de governantes e policiais. de governantes e médicos de rede pública. os salários díspares dos governantes.

ponto, né?

em compensação, me desce menos a galera apolítica. digo aqui, por conhecimento próprio: você NÃO precisa gostar de política para ser alguém politizado. a política brasileira é asquerosa mesmo. eu também não gosto. eu também prefiro ir a um bar com amigos. mas eu, diferentemente de muitos, vou a um bar e DISCUTO. não brigo: discuto. sento, peço minha cerveja (se for um bar que possa fumar, melhor), e começo a conversar. dificilmente, o assunto não cai em políticas públicas, declarações preconceituosas de pessoas poderosas ou midiáticas e problemas corriqueiros da cidade. (certa vez, percebi que um buraco grande em PINHEIROS - bairro nobre de são paulo - demorou 3 (três) meses para ser recapeado. cidades japonesas se reergueram depois de terremotos em um ano. CI-DA-DES). e digo mais: saio do bar e continuo o assunto com minha namorada, mãe, pai, irmão, amigos... dia seguinte e quantos forem necessários para que ninguém me aguente mais.

você aí: já pensou em tentar arrumar a sua cidade? seu bairro? eu já. da forma que consigo. da forma que tenho poder. pela internet e pelas ruas.

eu não fico calada. não gosto de quem fica. não gosto de quem "curte" e não "comenta", não "responde", não "compartilha", não "retuíta". nem que seja para ter opinião contrária. discussões pacíficas só existem para o bem. e o bem comum.

acabei (com vergonha pela demora) de assistir a um filme lindo: "milk". se não assistiu, recomendo fortemente. goste você de política ou não, se está lendo até agora, acredito que mente aberta tenha. então, continue com ela abertinha, bonitinha, pronta para novas ideias, novos movimentos, novas aflições e novas glórias. assista e manifeste-se.

saia do seu armário. no momento em que estamos, mais do que sempre, "privacidade é o inimigo" (sim, tirei do filme. me julguem).



e não amo nosso lema. precisamos DESORDENAR para termos PROGRESSO.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

the joke's on you

hoje, passeando por avatares em faces, recebi, mais uma vez, um soco no estômago. virtualmente. mas doeu.

dois momentos distintos, mas que ocorreram na mesma fração de hora:

primeiramente, vi um cara que respeito um tanto postar isto aqui:



para quem não entendeu, a rede Mercure de hotéis deu (com direito a piscadinha no final) uma resposta para uma piada do "engraçadíssimo" Rafinha Bastos.

lá foi ele, todo pimpão, mais uma vez, fazer piada pronta, óbvia. e a rede de hotéis, em muitos menos caracteres que este "humorista", colocou-o no lugar. sem alarde, sem processos, sem nada. mentira. teve a piscadinha.

enquanto eu estava lá, felizona com a resposta, acreditando mais um tiquinho em gente, uma das pessoas que tenho como amiga no face postou um vídeo que não consegui linkar, mas também é tão patético que nem preciso. vou contar pra vocês o que acontece (pelo menos até onde assisti - o que não foi muito)

tá lá, na praia, uma mulher gorda no mar. uma onda bate nela e ela cai. e não consegue se levantar. e outra onda aparece. e a derruba novamente. a cena se repete muitas vezes, com várias pessoas ao lado ou perto dela e, obviamente, um ser qualquer gravando a cena toda.

"ah, qualé... é engraçado ah ah ah"

não. não é. eu parei de assistir ao vídeo porque comecei a ficar sem ar. como aquela moça deve ter ficado. ela deve ter engolido MUITA água. e, claro, ninguém a ajudou a levantar.

lembra que eu falei que estava começando a acreditar um tiquinho mais em gente? PUF sumiu!

para meu choque (não esqueçam que eu estava em um momento de regozijo. sendo assim, me choquei mesmo), me pediram "mais humor"! sério?

o que era tão engraçado na cena? a mina gorda? a mina gorda que caiu? a mina gorda que caiu e o mar não a deixou levantar? ou ela não levantou por causa de seu peso e a graça está aí? ou as pessoas ao lado paralisadas com a gorda que não se levanta?

o que tem de engraçado nisso?

se eu estivesse lá, tentaria ajudar. para DEPOIS, sentar em um bar com ela, tomando cervejas e COM ELA, rir do momento de desespero que passou.



falei disso para comentar que é esse tipo de gente, que ri da gorda que não consegue levantar, que também ri de piadas de Rafinhas Bastos da vida. o tipo de humor preconceituoso, homofóbico, racista NÃO tem graça.


ps1: não sou dada a eufemismos e acho ridículo chamar gente que é gorda de "gordinha" ou falar que está "acima do peso". magro é magro, gordo é gordo. ou "gordo" agora é palavrão?

ps2: não sou nada a favor do politicamente correto de guerrilha. só acredito piamente que, antes de fazer "graça" com minorias ou com pessoas que precisam de ajuda, olhe pro seu umbigo, dê uma lavada antes e PARE PARA PENSAR! dói nada e é de graça!

ps3: "graça" está entre aspas porque eu não vejo graça nenhuma em piada. me chamem de mal-humorada.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

get the fuck IN

sou sapatão.
sou mulher.
não por ter genitálias auto-explicativas. mas porque me SINTO assim. afinal, as genitálias podem ser removidas, remexidas, reformuladas. não são, de forma alguma, auto-explicativas.

falo palavrão.
falo MUITO palavrão.
não por voz delicada, por não poder me defender, mas por ter força na minha voz. porque sou sapatão. porque sou mulher. porque sou gente.

me cansam as regrinhas babacas e impensadas de como devo me portar por ser mulher. não sigo. não sigo nem regras de vestuário. quanto mais essas cretinices de "mulher não pode sentar com a perna aberta", "mulher não pode falar nome feio", "mulher precisa ser delicada". sou mulher. e antes de ser mulher, sou gente. não são esses comportamentos que vão me colocar na fila de cadastro de gênero algum. sou gente-mulher porque me sinto assim.

e que se fodam os que pensam o contrário.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

formigas e pulguinhas nas pontas dos dedos
preciso escrever, preciso escrever, preciso escrever

e coça e engancha e rasga e machuca
daquele jeito que machucam palavras
daquele jeito que machucam olhares
daquele jeito que você sabe que consegue

fazer

comigo



cansada
enjoada
enfadada
bodeada
pressionada
decepcionada
impressionada
irritada


triste

deveras

percebendo o quanto era

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

enquanto uns e outros demonstram felicidades baseadas em fotografias bem tiradas (a bem da verdade)
enquanto uns e outros emergem significados em rachaduras linguais
enquanto uns e outros se esforçam para que risadas pareçam simplesmente risadas
enquanto uns e outros se esforçam para alcançar uma meta suada e barulhenta

enquanto tudo isso...

eu escrevo

quarta-feira, 18 de julho de 2012

palpável

baseando minha realidade

na realidade sua

de real mesmo

o suor na cama e o cigarro na mão

e o que parecer mais verdadeiro

terça-feira, 26 de junho de 2012

troca

chocante me é,

a cada passagem por aqui,

a quantidade de lembranças

e a percepção da tristeza que todos injetam

dentro

de




mim

sexta-feira, 22 de junho de 2012

angústia

dentro dentro dentro dentro

virando gosma verde e feia
angústia de decisões erradas tomadas
sem ter como voltar atrás
sem ter como pensar em outra possibilidade
sem ter como buscar outro caminho
sem poder respirar
sem alma

quinta-feira, 10 de maio de 2012

envio

em momentos de aflição você espera somente uma resposta um "sim". e ela fala "sim" e seu coração esquenta.

segunda-feira, 26 de março de 2012

enquanto você dorme

procuro entender quando foi que comecei a perceber que eu poderia ficar durante horas olhando você dormir e, sem tédio, contar seus cílios e poros e ainda assim,
querer que acorde para que eu possa contar a novidade desse período, que, sem pestanejar, digo que é uma nova respiração.

quinta-feira, 22 de março de 2012

vontade

a cada final de suores,
vejo aquela menina
que discutia comigo
com um copo na mão.

e sorrio.
e penso que hoje
ela está
na minha cama
fumando um cigarro.

sexta-feira, 16 de março de 2012

I Want Her She Wants Me

Zombies

I close my eyes and soon I'm feeling sleepy
I sleep so easy
There's nothing on my mind
And life seems kind
Now, I want her she wants me

I walk downtown and as I look around me
All around me
The people smile at me
It's plain to see that
I want her she wants me

She told me to be careful
If I loved her
'Cause she had given her heart
Once before...

And now she knows she doesn't have to worry
I would not make her sorry
There's nothing on my mind
And life seems kind
Now, I want her she wants me

She told me to be careful
If I loved her
'Cause she had given her heart
Once before...

And now she knows she doesn't have to worry
I would not make her sorry
There's nothing on my mind
And life seems kind
Now, I want her she wants me

I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me
I want her she wants me

segunda-feira, 12 de março de 2012

me contaram

apóstrofos deixam os textos c'uma cara profissa.